quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Confinamento: dicas para compra de bovinos



A compra do boi é o segredo do lucro do confinador .

1) Custos: a compra dos bois representa 72 % dos custos; a alimentação 19%, máquinas 3,5 %, mão de obra 2,5%, Instalações 1,0%, Combustivel 1% e medicamentos e vacinas 1,0 % . Daí a importância do produtor de dedicar todo o empenho na compra dos animais.

2) Época da compra: comprar na safra ou na entressafra e uma decisão mercadológica. Por isso é preciso estar atento ao mercado. Compra antecipada tem custos financeiros, mas as vezes o preço compensa.

3) Bois mais novos e mais leves tem maior conversão alimentar, no entanto dependem de mais tempo de confinamento.

4) Animais de estrutura corporal média (considerando altura e comprimento) são os mais eficientes. Os pequenos demais depositam mais gordura, consomem mais alimentos e dão menor rendimento de carne e de peso. Os animais excessivamente grandes demoram em média 10 dias a mais no confinamento que os médios.

5) Animais inteiros consomem de 5 a 8 % mais alimentos, ganham mais peso que os castrados mas tem menor conversão alimentar (o que é interessante quando os custos dos concentrados como soja e milho estão altos).

6) Femeas tem menor eficiencia que os animais castrados e trazem prejuizos se ficarem acima de 70 dias no confinamento.

7) Animais mochos ou mochados devem ser preferidos para confinar, sempre.

8) Raças mais indicadas para confinar: sem dúvida os europeus e suas cruzas são os mais indicados para confinar. Atualmente não existe muita diferença entre britanicos e continentais ja que todos buscam um frame mediano. Um exemplo é o Charolês funcional que esta um pouco menor e muito mais precoce. Os cruzamentos de Charolês e Angus hoje é o preferido nos EUA, pois produz animais um pouco mais pesados . Os cruzamento Charolês X Nelore já são comprovados no Brasil. Um dos melhores cruzamentos que ja vi foi um tri-cross CharolêsXSimentalX Tabapuã que produziram terneiros mochos que deram excelente lucro no confinamento.

9) Época de venda. Na nossa região tradicionalmente os melhores preços são pagos na segunda quinzena de julho. Mas nisto tambem o produtor deve ficar atento ao mercado e a histórico de preços da sua região.